Por Antonio Fernandes

O membro que você chama de feio, rijo, quente, entre suas coxas despidas?
Duas mãos fortes que agarram sua cintura, seguras?
Uma boca que morde sua orelha, arrepia seu corpo e castiga sua alma?
Uma boca que te chama de vil, que liberta o lado sacana do seu corpo?
Alguém que te come, te morde, te molha, te deixa suada?

Sinto seu brinquedinho ficando molhado nesse exato momento. Se colocar um dedo, deslizará. Posso esfregar isso nas suas coxas e sentir você tremer. Todo seu corpo converge: Me coma.

Mas não. Não te comerei. Há prazer demais em ve-la inocente e atada. Com tesão em chamas lavando a alma, seus olhos me devorando, decididos a se arremessar, amarrar-me e estuprar ali mesmo. Chupar da base a ponta só pela vontade de sentir meu gosto.

Mas fica lá, estática. Inexperiente, com vontade de explodir. Não explodirá. Está acanhada, não sabe o que fazer. Há uma malícia soberba em tortura-la, pobre menina. Tão doce!

Coloco novamente o dedo. Ainda mais molhado. Esfrego às coxas e ela treme. Viro-a de costas. Minha mão acaricia lenta suas costas, amarra o cabelo e puxa.

Olho um bumbum empinado. Quase me convida à festa.
Será?

Sinta-se pelada. Despida.
Olhe no espelho e veja-me nu, atrás de você, querida.
Erótico não?
Pornográfico?
Não há mulher que sobreviva a tal pornografia.
Somos tão jovens, tão belos! – Há melhor coisa a viver que sexo? – Digo eu. – Não há! – Você me olha com cara de puta, olhinhos brilhantes, pedintes, morde os lábios…

E suas coxas escorrem.

 

 

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3 comentários em “[+18] Virgem”

  1. Infelizmente vivemos realmente na era do sertanejo. As poesias são literais, fracas em seu sentido. Falam o que falam, nada mais. Os temas são fracos, momentâneos, rápidos, como o sexo que você fala. Saudades dos tempos das metáforas. Saudades dos tempos do amor.

  2. Caro anônimo,

    Seria desregrado me comparar a Camões, Pessoa e Whitman.

    Mesmo eles as vezes, e com frequência, são diretos em palavras e gestos.

    O objetivo dessa poesia não é ser grande nem esboçar a realidade do mundo e ser revolucionária: Se levar três minutos lendo algumas das minhas obras verá que há muitas dedicadas a isso.
    Escrevo sobre virgindades, sexo de maneira rota e despida exatamente para abrir os olhos de pessoas como você, que não enxergam que também há beleza em se tratar de mulheres nuas, corpos despidos e alegria rota da juventude.

    Critico ferozmente minha geração, mas também sou defensor dela. O sertanejo em que você me enquadra é um ataque da SUA geração (supondo que seja adulto) contra a minha, por meio da publicidade. Pois bem, jovens de mente fraca hão de cair nisso, mas o meu tempo é bem maior que isso.

    Sou um millenial. Acredito que sexo, amor e revolução caminham juntos e em paz. Veja a Islândia. Não é preciso haver sangue para causar mudanças.

    E por fim, saudades dos tempos do amor?

    Wherever. Risadas e "metáforas" a parte. Sei que é cultura brasileira resmungar. Entendo que você seja patriota e comunhe com isso.

    Leia-me antes de me criticar. E por fim perceba que conversa com um autor em construção, e não um estagnado de 60 anos.

    Bon voyage!

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