Por Antonio Fernandes
Zu einem Dalmatiner

Fagulhas
Fagulhas alcoolicas destiladas
De mel
Postas a rol
Ambrosia alimento dos
Deuses
Posso ser Deus
Mas prefiro ser o diabo
Quero ser água
Mas posso ser fogo
Fogo que destila derrete
O fel do fel
Entre gemidos
Derreterei-te
No primeiro dia
Sabia o emocionar
Neste dia
Sei do amor
Droga
Estou enamorado novamente
Num daqueles Estados
Catatonicos
Onde a ausência da razão
Assalta os sentimentos
Que destemidos em rugidos
Avançam marchando
Destronando Reis
Matando heróis
Derrotando miticas
Preciso tempo
Mas não há mais tempo
O artefato está quebrado
Posto no vitral
Em minha experiência
Espiritual
Coisas quebram
No fugir nefasto
De espíritos pesados
Quem são estes que se vão?
Não me resta sobriedade
Para analisar
Mas sei
Que há parcas do destino
Que jogam dados
Decidindo linhas
Dos vieses do futuro
Posso ver lutas guerras
Discussões coisas quebradas
Posso ver o caos
De onde as tramas das parcas nos traçam
Há dor
A muita dor
Mas também há luz
Há vida
Existe amor beijos
Brisas
Viagens a torre de babel
Existe muito e tanto
Existe amor num tanto
Que se perde nos tecidos
Da carne que rachei
Onde irei?
Os planos abandonam
A carruagem gira
Faremos posto do que podemos
Do que podemos não faremos mais
Sou só essa garota ruiva
Que me olha pensando que não sei
Que me olha
Sinto seus olhos quentes
Mas se eu lhes encarar
Desviam
Desviam falseiam riem
Do meu olhar
Mas que quando querem me penetram
Penetram a carne o osso as entranhas
Penetram o coração
Oh Deus

Que caminho tomei

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