Por Antonio Fernandes e Isabela Azevedo

É a sensação
de estar rodeado
de pessoas que ama
assistindo um por do sol
de sol e céu laranjas
sentado numa cadeira de balanço
cansado por ter feito muito durante o dia
e é a sensação
De correr o dia inteiro
jogando bola no terreiro
E beber
um copo d’água gelado inteiro
É a sensação
de acordar na manhã de natal
e ver os presentes em baixo da árvore
sensação
de acordar na manhã de aniversário
e comer mistos quentes com chocolate
é a sensação
de colocar os pés na areia da praia
as cinco da tarde quando está morna
sensação
de esfregar os pés no veludo da casa da tia
Sensação
de tirar os saltos altos
de coçar as costas
de sentir-se apaixonado
de amar e ser amado
de por chocolate,
na boca do outro
deitar-se na grama,
e olhar pras estrelas
deitar-se na grama,
e olhar para as nuvens
deitar-se na cama,
e viver brincadeiras
sapecas
discretas
arestas
que é
tudo isso é
são
sensações
dos pequenos momentos
bombásticos
daqueles que merecem ser vividos mais
e pelos quais
devíamos procurar mais
revigorados pois são esses orgasmos
puros
que a vida nos dá
que nos fascinam, iluminam e põe a cabeça no lugar
e se um dia perguntarem-te
se foi feliz
diga-lhes que foi feliz um milhão de vezes
em cada momento que teve
e terá
sensações.
Viver não é conquistar dinheiro, pessoas e o mundo
viver é bem mais simples
e ao mesmo tempo muito mais complexo
que isso
viver é ter
sensações.

Share:

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on pinterest
Pinterest
Share on linkedin
LinkedIn

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

On Key

Posts Relacionados

Baco

Por Antonio Fernandes O ordinárioJovem padrãoBusto vazioArroz com farofaNão tinha assuntoNem modosEra qualquerImemorávelEstepeHavia vários delesNomes comunsEsquecíveisCujos quaisA única razão em serEra pontuarA presença e o

Langerie Preta

Por Antonio Fernandes Caem as calçasSobra um langerieLinhas pretas com padrõesQualquer coisa sexualEm cordas trançadasDeixando ver sem verEla sorriGira o corpoJoga o cabeloSe jogaVislumbre de

O Privilégio Branco

Por Antonio Fernandes O privilegio brancoCorta as veiasParecia sempreTao alegreÉ que as drogasEscondiam o fundo da dorParecia sempreTao decididoÉ que o opio lhe cancelavaO torporDas