Por Antonio Fernandes

Venham a nós e ao nosso reino
Que seja feita a nossa vontade
Assim na terra, e além nos céus
O pão nosso de cada dia trabalhamos hoje
Perdoemos nossas ofensas
Assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido
Não abusemos da tentação
e convivamos com nosso próprio mau que habita
estes corpos nus
Que as estrelas e o infinito demonstrem bondade
que os pássaros cantem também por vaidade
e que a simplicidade dos frutos da terra
façam crescer sementes boas nos corações de todos que tocarmos
Que a gaita e a orquestra gritem
os desejos carnais que habitam em nós
bárbaros e pagãos
que somos os únicos que pecam
que somos os únicos que julgam
que somos os únicos a ter medo da morte
pois quem há de temer a morte
quando sabe que não é possível morrer
quando faz parte à natureza
e ao céu, e ao infinito
e lembremo-nos todos
que a mais importante lição que existe
é que se deve buscar a felicidade
sabendo que se é possível acha-la
que ela está em nós mesmos
e que ter paz é o melhor dos caminhos.
Não existe pecado, só perdidos.
Amém.

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