Textos

Baco

Por Antonio Fernandes O ordinárioJovem padrãoBusto vazioArroz com farofaNão tinha assuntoNem modosEra qualquerImemorávelEstepeHavia vários delesNomes comunsEsquecíveisCujos quaisA única razão em serEra pontuarA presença e o caosQue eu trouxeQuando te atravesseiToda

Langerie Preta

Por Antonio Fernandes Caem as calçasSobra um langerieLinhas pretas com padrõesQualquer coisa sexualEm cordas trançadasDeixando ver sem verEla sorriGira o corpoJoga o cabeloSe jogaVislumbre de qualquer coisaPor sobre outra coisaPor dentro deUma outra coisaPor fora que se pegaQue se agarraQue… Continue a ler »Langerie Preta

O Privilégio Branco

Por Antonio Fernandes O privilegio brancoCorta as veiasParecia sempreTao alegreÉ que as drogasEscondiam o fundo da dorParecia sempreTao decididoÉ que o opio lhe cancelavaO torporDas escolhas dificeisParecia tao bonitoÉ que antes feioFosse belo de almaHoje BeloÉ Dorian grayQue descamaO privilegio… Continue a ler »O Privilégio Branco

Koo Criado

Esse lance que vivemosDe aprochego gostosoÉ uma delícia garota O estado que estamosÉ tesão carinhosoVem você tirando a roupa Desdobro travalinguasDentro das coxasE sorrateiroBeijo-lhe gregoE você contrai Tá na hora amorTá na horaaaaa. Do próximo passo Então liberaLibera esse brioco… Continue a ler »Koo Criado

No Crédito Por Favor

Por Antonio Fernandes AlavancasAlavancas vermelhasCruzadas arrancam pelas raízesRemovem dos nervos o calor e o fulgor de se ser Como vamos pagar?Essa contaEssa conta do “cartão dos brancos “Tá vendo esse boleto? Diz aqui “100 milhões de vidas”Podemos parcelar?Tipo de uns… Continue a ler »No Crédito Por Favor

Parcas

Por Antonio Fernandes Destina o destino que nos destineAtine-seHá turva água do destinoQue alinhe-seAs parcas nos teceramEm cota de malhaConta a cartomanteLendo as linhas de minha mãoQue esta linhaVertida que retorce e torce sobre a outraE escala até o dedãoSomos… Continue a ler »Parcas

Wicc’o’s

Por Antonio Fernandes Os homens olham a luaA lua olha os homensAs bruxas conversamA lua responde A maga bateu a varinhaRebatiConfundi seu encantoSeu brilhoSeu serRetruquei a magiaEm contra golpeEnfeitiçadaA cobiçada agoraEra a presaCoitada e presaNo meu encantoMeu encantoMeu cantoMeus olhos… Continue a ler »Wicc’o’s

Acamada

Vivo a buscar os pedaçosDe baixo, das outrasPessoasA camada que ficaSob a outra camadaQue ficaSob o coraçãoOraAs vezes desçoCamadasE não acho nadaAs vezesEncontro tantoQue afogoTem genteQue é só a camadaE tem outrosQue tem tantasQue não dá pra saberComo chegarLá embaixoTenho… Continue a ler »Acamada

Você foi Vago

Por Antonio Fernandes Vago? Eu?Vago? Meu bago!Ora eu, vago.Ninguém me respeita maisNesta casaPocilga puteiroChinfrimLugar de qualquer coisa que não seja lixoMerda malditaMaldade que se fizeram comigoVou comer seu tobaVadio puto filho da putaPor me chamar de vagoNão fui vagoVá se… Continue a ler »Você foi Vago

Próxima Parada

Por Antonio Fernandes Apito de trem das onzePlataforma noveTrês quartosA plataformaVai sentido aoPolo norteMorteE o destino deToda locomotivaAinda que a vidaSeja só o que passaPela janelaMas como é bonitaA vida