Antonio Fernandes

Barco

Por Antonio Fernandes Sento-me na proa Com o mar desfilando ondas Selva em todas as direções E rabisco o momento De me sentir o menor do mundo E viver meu sonho Cunhado de dor da perda E infelicidade absoluta Do… Continue a ler »Barco

Quantum?

Por Antonio Fernandes Tem sentido muito Sem sentido Esse sentido que a vida Dá Não faz sentido Uso de sentidos Para sentir Tudo que ainda há Há sensateza Sensibilidade e destreza No uso das razões Sensitivas Eu sinto seu toque… Continue a ler »Quantum?

Castelo

Por Antonio Fernandes  Havia uma garota Lora serelepe Uns 9 anos ela tinha Ou será que eram sete? Papai lhe ensinou A empilhar cartas Faz um triângulo assim, juntando as pontas Cola mais 4 cartas Da uma base Com uma… Continue a ler »Castelo

Somados

Por Antonio Fernandes Veja Tenho em minhas mãos uma Laranja Uma laranja inteira Eu acho ela Particularmente Ácida demais Mas você toma de mim Ri Morde e diz -me Que é doce Sou cego de olfato Você fecha os olhos… Continue a ler »Somados

Hospício

Por Antonio Fernandes Nada Sou nada Nem resto sobrou Não sobrou pedaço Cortei com aço De Serra Sangrou Fiz desenhos rabiscos extensos Rasguei da minha carne Arranquei Tirei fora Cada pedaço obssessivo E errado Que fui E perdido nisso Arranquei… Continue a ler »Hospício

Grito

Por Antonio Fernandes Estou no inferno mas a faca não tem gume para cortar meus braços meus gritos destroem minha garganta meu ódio suplanta meu ser corrói minha alma eu estou enlouquecendo vou matar como se nunca tivesse existido vou… Continue a ler »Grito

Doce

Por Antonio Fernandes Outro dia desses entrei no alambique pra fazer experimentos peguei um bocado de medo liguei o fogaréu derramei o medo num béquer aqueci condensei, resfriei destilei puro num outro vasilhame colhi todas as suas dúvidas colhi todas… Continue a ler »Doce