Por Antonio Henrique
Num mundo distante
além do horizonte
de solo tão seco
tão além no mar
Habita um povo
cheio de desgosto
de fome e de guerra
só fazem sofrer
Esse povo
que é cheio de sonhos
não tem esperanças
amargo está
Esse povo
faminto e cansado
que lutam por terra
só querem plantar
Esse povo
de rifles em punho
são bravos guerreiros
só fazem lutar
Meu amigo
como tú não vês
este povo tão bravo
que só faz sofrer?
Meu amigo
com tú não enxergas
as crianças tão magras
vitimas da miséria?
Meu amigo
como tú não vistes
a mulher violada
que vida, já não tem mais?
De quem é
eu lhe rogo, eu lhe peço
De quem é
eu insisto que digas
De quem é
a culpa de todas as magoas
de todos os tiros
que se ouve por lá?
abaixas a cabeça
como se não tivesses
culpa nenhuma
eu lhe digo: tu tens
Num mundo distante
além do horizonte
de solo tão seco
tão além no mar
E a culpa? de quem?
Silêncio…
Deixe os fortes lutar…