Por Antonio Fernandes
Destina o destino que nos destine
Atine-se
Há turva água do destino
Que alinhe-se
As parcas nos teceram
Em cota de malha
Conta a cartomante
Lendo as linhas de minha mão
Que esta linha
Vertida que retorce e torce sobre a outra
E escala até o dedão
Somos eu e você
Bem juntos
E vamos perdurar
Durar vibrar amar
Um no outro recostar
Até que o além mar do sol
Nosso par
Irá tal junto até o fim
A vida é de carnes e carnes
Mas eu e você
Somos a carne só
O ouvido o barco a vela
De aquarela tinta suja
Domingo de praia e sol
Queria ver me visitar
No asilo que no futuro está
Uma você preocupada por mim
Quero envelhecer
Para ver
Nossos frutos e o fruto desse
Amor jasmim
Quero delícias e sorrisos
Sexos sem perigo
E os perigosos que sejam de acidentes
Que tragam o amor
E o futuro de pequenas metades
Da gente
Quero você
Quero o que existir
Que seja a mistura
De você
E eu
E quero esse presente
Amado amante rebuscado
As parcas tecem o fio
Metalizado
A cartomante tirou as caras
E saímos nós dois
Passarinhos enamorados