Por Antonio Fernandes


Temos aqui muitos jovens frustrados com a realidade brasileira. Muitas pessoas que gostariam de mudar mas não veem alternativas. Mesmo olhando esse pequeno indício de fogo, consideram ele pequeno demais comparado a uma floresta imensa, acostumada a apagar esse tipo de ação. 


Bom, pra começar a atitude foi fundamental. Agora enquanto escrevo isso, temos 21 mil convidados e quase novecentas confirmações, e, nada menos que 52 bravos voluntários, que discutem vinte quatro horas propostas pra tornar real esse movimento relâmpago, para que ele se alastre, se manifeste, crie raízes e se torne uma realidade, e não apenas um sonho.


Tivemos a coragem de tomar a atitude inicial, e isso é bom. Está na hora de amadurecer nossa ideia. Por fim, todos concordamos que um evento dessa proporção e velocidade irá atingir com muito otimismo mil pessoas reais, no sábado, talvez centenas de vezes menos, talvez milhares de vezes mais. Não sabemos. A questão fundamental é que será um evento de discussão. Uma discussão não de brigas, mas de criação de ideias. Não sou o primeiro a falar que o Brasil é o país mais criativo do mundo, e nem serei o último. Se vamos reunir o milhar de cérebros, é bom que o usemos.


Por fim, chegamos a proposta final, a intenção do evento é elaborar intervenções possíveis que nós, em conjunto possamos fazer. Mais que uma caminhada simbólica, mais que discursos e palavras jogadas ao vento, precisamos de resultados reais. De ideias que possam se alastrar e mover TODAS as pessoas que participam da espinha dorsal da educação. Diretores, reitores, supervisores. Professores primários, professores do ensino fundamental, médio, graduação e suas continuações, tanto da esfera privada quanto pública. E alunos. Alunos ricos, pobres. Índios, negros, pardos, brancos, gaúchos, nordestinos, mineiros, paulistanos. Geniais ou esforçados. Artísticos, esportivos, matemátas ou doutores em vidas. Alunos ávidos pelos conhecimentos que lhes dará futuro, seu ganha pão e um papel na sociedade. O coração da educação, seus filhos mais belos. Alunos.


Por isso digo-lhes que esse movimento é por ideias, e nesse artigo que aqui publico, começaremos a discutir e criar. Desde propostas políticas, como aumento de salários, implementação de leis, pressão, apresentar manifestos a candidatos, cobrar o que nos for prometido. Até propostas sociais, como debater diferentes formas de ensinar, discutir o que realmente deve ser aprendido. Rever onde estão os erros da educação no Brasil, hoje, e onde ele deve ser coagido. Como estamos educando nossos jovens e a que futuro isso vai nos levar. Competitividade ou trabalho em equipe? Uniformes, regras e sinais, ou criatividade e espontaneidade? Desenvolvimento ou sustentabilidade?


Essa é nossa proposta, e já estamos em movimento. Difícil agora é nos parar. 😉


Divulguem esse texto para quem puder o ler. Não há ninguém mais ou menos importante nesse manifesto, somos todos um corpo só! Dito isso, vamos trabalhar.

Junte-se ao #protestodeverdade.

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