Por Antonio Fernandes

laço que lhe laça
corcel domada
amarrada
nos olhos
vendada
a gravata em nuca boca bochechas
amordaçada
já sem condições
de se proteger
domada
tomada
domesticada
vai cumprir minhas
ordens e desordens
fará o que lhe for
mandado
mandato
que me concedeste
vai arrepender-se
de vil mau sou cruel
unhas dentes tapas
escarcéu
tudo escuro da venda
sente o chicote
subindo
pelas coxas
deslizando
pelas costas
alisando
seus peitos pernas braços
de repente some
de repente te acerta
forte
vai deixar vermelho
desliza e volta
te acerta
quero esse bumbum
latejando
quero vergões vermelhos
quero seu tesão inteiro
possesso passado
ao meu cabo de couro
à cavalo
te acerto
chicote
te acerto mão
te acerto um tapa
mas um tapa bem dado
na cara
e te beijo
e no meio do beijo derrubo as pernas
e te ajoelho
acerto na cara de novo
mas não são mais mãos
tiro a gravata
desamarro
retiro
te bato com ela
seguro forte
no coque do cabelo
tenho planos
meu bem
tenho planos pra essa
boquinha rosa deliciosa linda
tenho planos

Share:

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on pinterest
Pinterest
Share on linkedin
LinkedIn

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

On Key

Posts Relacionados

Baco

Por Antonio Fernandes O ordinárioJovem padrãoBusto vazioArroz com farofaNão tinha assuntoNem modosEra qualquerImemorávelEstepeHavia vários delesNomes comunsEsquecíveisCujos quaisA única razão em serEra pontuarA presença e o

Langerie Preta

Por Antonio Fernandes Caem as calçasSobra um langerieLinhas pretas com padrõesQualquer coisa sexualEm cordas trançadasDeixando ver sem verEla sorriGira o corpoJoga o cabeloSe jogaVislumbre de

O Privilégio Branco

Por Antonio Fernandes O privilegio brancoCorta as veiasParecia sempreTao alegreÉ que as drogasEscondiam o fundo da dorParecia sempreTao decididoÉ que o opio lhe cancelavaO torporDas